***Temos livre arbítrio?***

Antes de falar de livre arbítrio, devemos entender o que é liberdade. Liberdade não é poder fazer de tudo, mas o quanto você pode agir diante da suas limitações.

Não podemos controlar tudo; por mais que tenhamos alguma autoridade, não quer dizer que podemos controlar tudo. Existem coisas que são improváveis, imprevistas, imutáveis em nossa vida; temos que nos conformar com elas. Essa coisas são ontológicas, reais e pontuais.

A morte por exemplo, quem tem controle sobre ela? Chegou sua hora, você já vai... Você pode tentar adiar, tomar conta de sua saúde. Mas a probabilidade da sua morte é grande. O que podemos fazer diante da probabilidade da morte? Nada! Não somos livre para decidir. Mas somos livres sim, para decidir como lidar com ela.

Com isso temos duas alternativas, em relação a nossa liberdade. Há algo que não controlamos e somos condicionado. Mas há algo que podemos decidir independente do nosso condicionamanto. Até mesmo o mais escravos dos homens, pode decidir o que fazer de sua escravidão. É nisso que os homens têm responsabilidade.

O livre arbítrio do homem só há porque Deus dentro de sua soberania determinou algumas liberdades. Eu não posso controlar a lei da gravidade, entretanto indubtavelmente, o homem pode pular de um avião de para-queda, para sua segurança, mas também pode pular sem, sabendo das consequência da probabilidade de sua morte. Nisso temos livre arbítrio.

Normalmente quando entramos nessas questões de forma religiosa, algumas correntes dizem não ser essa liberdade limitada de arbítrio, mas sim livre agência, pois Deus limita o mal que o homem possa cometer.

Mas, segunda as escritura sagradas, podemos pensar da seguinte forma:

Romanos 3:9-12 NVI

Que concluiremos então? Temos alguma vantagem? De maneira nenhuma! Já demonstramos que ambos, judeus e gregos, estão todos debaixo do pecado. Como está escrito: “Não há nenhum justo, nem um sequer; não há ninguém que entenda, ninguém que busque a Deus. Todos se desviaram, tornaram‑se juntamente inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer”.

Ou seja, temos a liberdade de escolher o bem, mas as escrituras sagradas informa que homem não é livre pois está condicionado ao pecado:

Romanos 7:21-23 NVI

Então, encontro uma lei contra o meu desejo de fazer o bem: o mal está presente em mim. No íntimo do meu ser, tenho prazer na lei de Deus, mas vejo outra lei atuando nos membros do meu corpo, guerreando contra o íntimo do meu ser, tornando‑me prisioneiro da lei do pecado que está em mim.

Jesus nos ensina que na realidade somos escravos do pecado, condicionados instintivamentente a escolher o mal. Por nós mesmo não conseguimos fazer a vontade de Deus.

João 8:34 NVI

Jesus respondeu: ― Em verdade lhes digo que todo aquele que pratica o pecado é escravo do pecado.

Onde há liberdade, para aqueles que são escravos de seus desejos e vontades instintivas. Somente um desprendimento voluntário espiritual Transcendente, além do homem, para quebrar as amarradas do pecado, e restaurar a livre arbítrio do homem, para que ele com uma boa consciência diante de Deus possa escolher o bem mesmo diante do condicionamento do pecado.

Para isso, temos o Cristo, a razão de Deus, o verbo encarnado, que através do evangelho da cruz nos libertas dessas amarás.

Romanos 8:1-4 NVI

Portanto, agora já não há condenação para os que estão em Cristo Jesus, porque, em Cristo Jesus, a lei do Espírito da vida libertou você da lei do pecado e da morte. Porque aquilo que a lei era incapaz de fazer, visto que estava enfraquecida pela carne, Deus o fez, enviando o seu próprio Filho, em semelhança à carne pecaminosa, como oferta pelo pecado. Assim, condenou o pecado na carne, a fim de que os preceitos da lei fossem cumpridos em nós, que não vivemos segundo a carne, mas segundo o Espírito.

Somos, então, livres do pecado, pelo sacrifício de Cristo na cruz. Como é possível isso? Através do sacrifício de Cristo na cruz, utiliza-se um mecanismo jurídico, de substituição de réu. O própria Deus sofre a pena determinada por ele, para um pecador, que é a morte.

Romanos 6:23 NVI

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, o nosso Senhor.

Nesse ato de amor, Deus espera que o homem confie que Deus o liberte, ao ponto de aceitar um pacto de sangue, que dará uma boa consciência diante de Deus, que a nova aliança com Deus.

Com isso Deus restaura o livre arbítrio, o homem está salvo do pecado, e pode com bastantes esforço e com a ajuda do Espírito Santo de Deus se inclinar para o que é bom e descontaminar do pecado.

Muitos querem a liberdade de satisfazer o seu desejo e vontades. Ou seja, alguns pensam que isso é liberdade, mas na verdade isso é um escravidão, pois é um condicionante dos próprios instintos animais. Verdadeira liberdade é poder dizer não as suas vontades, mesmo que haja sofrimentos, porque você está buscando o bem maior, um sentido para a vida. Cristo é o melhor exemplo para isso.